Porque me enches o peito. Não és (im-)perfeito. Roubas-me as palavras. Por todas as razões certas e erradas. Porque me fazes bater com a cabeça nas paredes - no literal conceito. Porque és o melhor de mim e ainda assim o meu pior defeito. Por tudo o que eu queria ser e não posso por causa de ti. Por seres assim, por fazeres o que queres de mim. Não me dás mau amor, dás-me o trabalho de te amar. Porque sim, por ter acertado em ti e não querer voltar a procurar. Enches-me de dor. Enganas-me, amor. Partes-me o coração. Porque não? Escolhi viver (-te) assim: amar é morrer em vez de matar. Há ir, não há voltar. Por todas as vezes que senti a tua falta. Por todas as vezes que me neguei para te afirmar. (Salta!) Por todas as vezes que saltei e caí. Por todas as razões erradas: eu só te quero a ti.
(Porque fazes-me esquecer do "eu": já não preciso de cuidar de, pensar em, correr atrás de, lembrar-me de, viver para - mim. Porque o meu dicionário parou na definição de "tu". E agora corremos os dois atrás do "nós".)
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"eu : a entidade; a personalidade da pessoa que fala;
o ser humano considerado como ente consciente;
a consciência;
egoísmo"
"tu: a pessoa a quem se fala;
pronome que representa a existência de familiaridade"
"nós: pode desempenhar a função quer de sujeito, quer de complemento;
as nossas pessoas"
1 comentário:
Por todas as razões erradas amamos, porque não há razões correctas para amar. Nem pode haver para tamanho egoismo, tamanha entrega e tamanha anulação.
"Amar é morrer em vez de matar" : Perfeito simplesmente!
teu Paulo
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