You shake my heart like a polaroid picture, what more do you want to see?
20101008
20101006
20101003
O meu amor e eu #8
É fim de tarde e olho através da janela do comboio. São carris que me levam a ti. Estou de costas viradas para Lisboa e de coração virado para ti. Vou correndo até casa. Quanto mais me aproximo de ti mais me sinto em casa. Ao fim do dia tu serás sempre a minha última morada.
Meu telhado de céu. Se a nossa casa é onde o nosso coração está, a minha casa és tu.
Meu telhado de céu. Se a nossa casa é onde o nosso coração está, a minha casa és tu.
20100908
O meu amor e eu #7
Sabes, amor, gosto de pensar demasiado nas coisas. Gosto de as desmontar, de filosofar sobre elas, de as colocar atrás dos meus passos conforme caminhamos os dois o mesmo caminho.
Sabes, amor, eu penso por nós os dois.
Sabes, amor, eu penso por nós os dois.
A propósito de ti.
O meu coração era um peso morto, ancorado a um vazio, servia apenas para fazer o sangue correr-me nas veias e nada mais, cumpria a sua tarefa 24 sobre 24 horas de forma exemplar, mantinha-me viva, a respirar e eu agradecia.
De repente no meu coração cresceram dois braços e duas pernas e uma boca para ele falar. Nunca soube o tanto que tinha cá dentro para dizer, melhor, nunca tive a quem dizer o tanto que tinha cá dentro para dizer e eu nunca gostei de falar com as paredes porque elas só sabem ouvir. E de repente descobri que também fui feita para amar e que as paredes também servem para nelas batermos com a cabeça quando amamos, isto porque insistimos em anular uma dor com outra dor quando sabemos perfeitamente que não há dor maior que a dor do coração porque depois de vivo sofre por ele próprio e se nos magoarmos por fora irá simplesmente doer mais.
E um coração com vida própria é o que nos resta quando nos ancoramos a alguém a vida inteira.
De repente no meu coração cresceram dois braços e duas pernas e uma boca para ele falar. Nunca soube o tanto que tinha cá dentro para dizer, melhor, nunca tive a quem dizer o tanto que tinha cá dentro para dizer e eu nunca gostei de falar com as paredes porque elas só sabem ouvir. E de repente descobri que também fui feita para amar e que as paredes também servem para nelas batermos com a cabeça quando amamos, isto porque insistimos em anular uma dor com outra dor quando sabemos perfeitamente que não há dor maior que a dor do coração porque depois de vivo sofre por ele próprio e se nos magoarmos por fora irá simplesmente doer mais.
E um coração com vida própria é o que nos resta quando nos ancoramos a alguém a vida inteira.
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