Dizem que o amor é tudo e que, sendo assim, quando acaba não nos sobra nada.
Mas sobra, claro que sobra.
Sobra-nos o pontapé nas costas que forçou o coração a saltar-nos pela boca.
20111224
20111221
O amor é uma pancreatite.
Porque é que o órgão do amor é o coração e não o pâncreas?
Um pâncreas doente afecta todos os órgãos à sua volta. É um pouco como o amor.
Quando amar nos corre mal o corpo fica doente.
Seria tão mais fácil se o amor estivesse guardado no pâncreas, assim, podíamos retirá-lo e continuar a viver. Mesmo sem amar. Não tínhamos que chorar nem que sofrer por alguém. Era só retirar o pâncreas.
Um pâncreas doente afecta todos os órgãos à sua volta. É um pouco como o amor.
Quando amar nos corre mal o corpo fica doente.
Seria tão mais fácil se o amor estivesse guardado no pâncreas, assim, podíamos retirá-lo e continuar a viver. Mesmo sem amar. Não tínhamos que chorar nem que sofrer por alguém. Era só retirar o pâncreas.
Apontamento #73
Devíamos mandar à merda todas as pessoas que amamos, pelo menos uma vez na vida.
Sem medo de sermos politicamente incorrectos ou de deixarem de falar connosco.
Às vezes até as pessoas que mais amamos perdem a noção das coisas, deixam de dar importância aos pormenores.
Às vezes até as pessoas que mais amamos agem de forma estúpida.
Mandá-las todas à merda seria uma espécie de ponto final. E começávamos a amá-las de novo.
Sem medo de sermos politicamente incorrectos ou de deixarem de falar connosco.
Às vezes até as pessoas que mais amamos perdem a noção das coisas, deixam de dar importância aos pormenores.
Às vezes até as pessoas que mais amamos agem de forma estúpida.
Mandá-las todas à merda seria uma espécie de ponto final. E começávamos a amá-las de novo.
20110707
20110613
20110603
Apontamento #72
Um dia chegas a casa e tudo mudou. A vida passou por ti, levou as pessoas como mobília e nem te deste conta. Chegas cansada a uma casa vazia. Só restam as paredes e as portas. Fecharam-se todas as janelas. Um dia chegas a casa e o coração já não cabe na porta, a chave já não abre a fechadura e os degraus da escada são a única coisa que sobra. Fizeste um longo caminho até aqui, quando é o caminho apenas que te resta. Não chegaste a uma casa cheia de qualquer coisa nem coisa nenhuma. E surge o momento em que te apercebes de que todas as coisas boas são efémeras, de que nada é garantido, nada é nosso, nada é teu. Sentes-te como se tivesses subido a mais alta escadaria tomando-a como infinita, para chegar ao último degrau e perceberes que afinal tudo tem um fim, tudo tem um último degrau. Só te restam os degraus que subiste.
Todas as coisas boas têm um último degrau. Não há escadarias sem fim. Porque nada nunca é nosso e em qualquer dia podemos chegar a uma casa vazia. Uma casa vazia de nós.
Todas as coisas boas têm um último degrau. Não há escadarias sem fim. Porque nada nunca é nosso e em qualquer dia podemos chegar a uma casa vazia. Uma casa vazia de nós.
20110601
Just saying.
I like enchanted princes.
I’m not afraid of admiting i’m an hopeless romantic, because I am.
I don’t appreciate guys who play it rough, who play love the hard way. Yes, real love is tough, hardcore, it makes you sweat blood and tears. But the kind, caring, loyal side of love is much more appreciated, I guess.
Wild sex may be the greatest adventure but when you’re down, when the only thing you need is a bit of affection, just laying on the bed side by side, then you ask yourself: where’s the love?
Love isn’t 99,9% sex. Or you don’t know what the fuck is love, then.
I’m not afraid of admiting i’m an hopeless romantic, because I am.
I don’t appreciate guys who play it rough, who play love the hard way. Yes, real love is tough, hardcore, it makes you sweat blood and tears. But the kind, caring, loyal side of love is much more appreciated, I guess.
Wild sex may be the greatest adventure but when you’re down, when the only thing you need is a bit of affection, just laying on the bed side by side, then you ask yourself: where’s the love?
Love isn’t 99,9% sex. Or you don’t know what the fuck is love, then.
Apontamento #72
A vida é feita de escolhas, da definição de prioridades. Porque não podemos fazer tudo ao mesmo tempo e porque, quer queiramos quer não, as pessoas que fazem parte da nossa vida estão hierarquizadas e, normalmente, aquelas que estão sentadas no trono do nosso coração são as que menos mereciam lá estar, são as que mais vezes nos magoaram, são as que menos amor nos retornam. Mas essas são aquelas que escolhemos amar acima de tudo e de todos, são aquelas atrás das quais escolhemos correr quando fogem de nós sem razão, são aquelas pelas quais esperamos, com o coração nas mãos.
As escolhas que fazemos e as prioridades que definimos podem estar constantemente erradas, mas a longo prazo sabemos que conseguimos limar as arestas afiadas das pessoas que não nos escolhem a nós. O sentimento de que alguém vale a pena é dos mais fortes do mundo e traz sempre o amor de arrasto.
As escolhas que fazemos e as prioridades que definimos podem estar constantemente erradas, mas a longo prazo sabemos que conseguimos limar as arestas afiadas das pessoas que não nos escolhem a nós. O sentimento de que alguém vale a pena é dos mais fortes do mundo e traz sempre o amor de arrasto.
20110525
20110502
"Nós somos o sítio que nos faz falta."
Secalhar deveria dizer que, por esta ordem de ideias, tu és o sítio que me faz falta. Mas tu não és sequer um sítio, nem uma coisa. Tu és, sim, uma morada sem código postal à qual só eu sei chegar, para cuja porta só eu tenho a chave para entrar.
Mas sim, faz-me falta Londres, aquele futuro pelo qual anseio, aqueles 7 dias fora do ritmo parado que se vai tornando cada vez mais monótono. E Londres faz-me falta contigo, isso sim. Porque tu serás sempre a única cara habitual que quererei levar comigo para lugares fora do meu (des)conforto.
Secalhar deveria dizer que, por esta ordem de ideias, tu és o sítio que me faz falta. Mas tu não és sequer um sítio, nem uma coisa. Tu és, sim, uma morada sem código postal à qual só eu sei chegar, para cuja porta só eu tenho a chave para entrar.
Mas sim, faz-me falta Londres, aquele futuro pelo qual anseio, aqueles 7 dias fora do ritmo parado que se vai tornando cada vez mais monótono. E Londres faz-me falta contigo, isso sim. Porque tu serás sempre a única cara habitual que quererei levar comigo para lugares fora do meu (des)conforto.
20110326
Apontamento #71
Porque é que a grande maioria das pessoas não segue aquele de quem se despede com os olhos conforme se vai embora? Porque dói. Dói ver as pessoas de quem gostamos a desaparecer, lentamente, na esquina de uma rua. Dói porque segui-las com os olhos conforme se afastam de nós traz-nos a consciência de que ficamos parados no mesmo sítio, grava-nos na memória aquele momento que dura uma eternidade. Dói porque sabemos perfeitamente, sem dúvida alguma em nós, que podemos correr atrás da pessoa e convence-la a ficar connosco ou juntar-mo-nos a ela no caminho. E a partir daqui, a partir da dor de a ver partir tendo a noção de que escolhemos ficar, somos tão fortes como nos sentimos fracos. Fracos porque escolhemos segui-la com os olhos e não com os pés. Fortes porque dói mais ver partir.
20110309
20110307
À parte.
Porque é que as pessoas têm tão pouco em conta o que fazemos por elas?
Porque é que nos tomam como presenças garantidas na sua vida? Afinal, nenhum de nós assina um contrato vitalício quando entramos no mundo de outra pessoa. Somos convidados a fazer parte dele e dentro dele nos mantemos, mas penso que ainda nos reservamos ao direito de ter voto nessa matéria indefinível que é a amizade.
Sempre fui a favor da ideia de que as pessoas deviam vir com livros de instruções, divididos por capítulos - cada capítulo definindo como a pessoa se comporta dependendo da relação que mantém com outra pessoa. Seria muito mais fácil perceber-te, assim. Eu, pobre alma que brinca às escondidas contigo no escuro, entenderia o que queres de mim e o que posso esperar de ti. Mas, afinal, mesmo com um conjunto de folhas contendo palavras descritivas de ti na minha mão eu ficaria sempre à espera que me desses mais do que aquilo que saberia poder esperar de ti. É assim que funcionamos, seres complexamente humanos. Esperamos sempre mais dos outros. As nossas expectativas nunca são satisfeitas ou sequer minimamente correspondidas porque, mesmo sabendo com quem é que estamos a lidar o nosso coração quer sempre mais e melhor. Procuramos constantemente qualidade de amor. E eu já não sei o que mais procurar em ti, pois ultimamente tenho encontrado tão pouco ou nada que me perdi. Perdi-me nessa tua imensidão de criança grande. E continuamos as duas a jogar ao toca e foge, ao esconde-esconde.
A ignorância é uma virtude. Será? Adicionei esta qualidade ao que quer que tenhamos como relação. Ao que quer que seja isto ao qual o que quer que tenhamos chegou. Quando quiseres pensar além do óbvio, do ideal, do que vês na superfície da mesa de café, vem ter comigo e falamos. Afinal, eu já não estou à espera de nada. Afinal, isto é só um à parte ao que sinto por ti.
Porque é que nos tomam como presenças garantidas na sua vida? Afinal, nenhum de nós assina um contrato vitalício quando entramos no mundo de outra pessoa. Somos convidados a fazer parte dele e dentro dele nos mantemos, mas penso que ainda nos reservamos ao direito de ter voto nessa matéria indefinível que é a amizade.
Sempre fui a favor da ideia de que as pessoas deviam vir com livros de instruções, divididos por capítulos - cada capítulo definindo como a pessoa se comporta dependendo da relação que mantém com outra pessoa. Seria muito mais fácil perceber-te, assim. Eu, pobre alma que brinca às escondidas contigo no escuro, entenderia o que queres de mim e o que posso esperar de ti. Mas, afinal, mesmo com um conjunto de folhas contendo palavras descritivas de ti na minha mão eu ficaria sempre à espera que me desses mais do que aquilo que saberia poder esperar de ti. É assim que funcionamos, seres complexamente humanos. Esperamos sempre mais dos outros. As nossas expectativas nunca são satisfeitas ou sequer minimamente correspondidas porque, mesmo sabendo com quem é que estamos a lidar o nosso coração quer sempre mais e melhor. Procuramos constantemente qualidade de amor. E eu já não sei o que mais procurar em ti, pois ultimamente tenho encontrado tão pouco ou nada que me perdi. Perdi-me nessa tua imensidão de criança grande. E continuamos as duas a jogar ao toca e foge, ao esconde-esconde.
A ignorância é uma virtude. Será? Adicionei esta qualidade ao que quer que tenhamos como relação. Ao que quer que seja isto ao qual o que quer que tenhamos chegou. Quando quiseres pensar além do óbvio, do ideal, do que vês na superfície da mesa de café, vem ter comigo e falamos. Afinal, eu já não estou à espera de nada. Afinal, isto é só um à parte ao que sinto por ti.
20110115
20110112
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