Este blogue é dedicado a todos aqueles que estão apaixonados.





20090510

A vida inteira.

" I want to marry you. I want to have kids with you. I want to build us a house. I want to settle down and grow old with you. I want to die when I'm 110 years old, in your arms. I don't want 48 uninterrupted hours. I want a lifetime. "


A maior prova de amor que alguém nos pode dar é dizer-nos que quer ficar connosco - para sempre. Uma vida inteira. Dispensar o seu espaço, dispensar a única coisa que lhe pertence mesmo fugindo-lhe constantemente das mãos - a sua vida - partilhando-a connosco. Colocando-nos dentro dela, metaforica e literalmente. Ninguém quer ninguém apenas 24 horas por semana, mesmo que sejam relações de cama apenas 2 horas chegam. Ninguém conhece ninguém em 2 horas, mas nesses casos o objectivo não é conhecer. Ninguém conhece ninguém em 24 horas porque em 24 horas ninguém se dá a conhecer.
Porque será que todos os casais fazem um drama quando um convida o outro para se mudar para sua casa? Não é porque sim. É porque é a maior prova que qualquer relação pode sofrer: 24 horas sobre 24 horas a viver com a mesma pessoa, a dormir com ela, acordar com ela, comer com ela, constantemente a falar com ela, nem tempo temos de pensar nela porque ela está sempre lá. As pessoas têm medo, refugiam-se, fogem, acabam relações antes sequer de passarem por isto. Porque não sabem lidar com isso, melhor, não querem lidar com isso. Não suportam a ideia de poder vir a dizer à pessoa que supostamente amam e com a qual supostamente deviam viver felizes para sempre: Estou farto(a) de ti. É difícil, mas ultrapassa-se. E então, as pessoas vão-se embora antes sequer de provarem, nem fazem do mito realidade, vivem no mito apenas, vivem apenas pela teoria de tudo, mas no amor não há teoria e quem ama devia saber isso - mas não sabe. As pessoas não estão dispostas a partilhar nada, são egoístas, não dão tudo, não querem dar tudo porque têm medo de ficar sem nada e no final, ficam sozinhas. A vida inteira, porque não quiseram partilhar com alguém um bocado dessa sua vida. E vão chegar à morte de mãos cheias, cheias de tudo o que não quiseram dar.

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