eu chamo-lhe necessidade de alguém que nos conforte, que substitua o acto de auto-toque em situações que nos perturbam, que esteja lá. Não é preciso falar, não é preciso sequer saber, é só preciso estar. Eu chamo-lhe forma pouco ortodoxa de ver as coisas, de ler as pessoas, de amar - é a partir de nós que vemos os outros. Alguém que sirva de espelho, que saia de dentro do armário, que nos ponha a funcionar os músculos faciais, que dê um motivo ao miocárdio para bater - uma razão. Eu chamo-lhe tudo menos palavras, como as que escrevo aqui. Pois as melhores coisas que dizemos, é quando estamos calados.
Chama-lhe o que quiseres,
eu chamo-lhe amor.
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