É em ti que me revejo, nesses teus traços de pessoa que me eleva e me faz cair num só segundo do meu respirar. E é por ti que todos os dias passam a correr ao teu encontro, na procura desse teu corpo que chama pelo meu, incessantemente. Não me deixes nesta margem, sem um barco para ir atrás de ti. Quantas vezes quis morrer sem me matar, só porque existes e estás aqui. Quantas vezes te arranquei de mim só para te voltar a colocar cá dentro. O meu peito vai engolindo os teus sorrisos à medida que te afastas. O meu estômago dá voltas e voltas em torno de si mesmo, em busca de borboletas e de espaço para cicatrizes. O coração dói e a corda rompe-se.
Carregas-me a alma na boca.
Foge, o amor só carrega os infelizes.
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